DIÁRIO SEMANAL


Data da Postagem: 02 de Outubro de 2017

    E o mês de Setembro deixou marcas importantes. Além de trazer a experiência rica em cada um dos seus dias, esta semana foi muito especial onde renovamos nossa fé naquela certeza que cantou o salmista: “O Senhor ama seu povo de verdade” (Sl 149). Um cuidado especial para com todos, sobretudo para os que se deixam ser cuidados por Ele.

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    Desde a minha chegada tenho tido a boa surpresa de acompanhar tantos e tantos jovens – em sua maioria universitários – que vêm buscar a Misericórdia. Este momento, a confissão, é um tempo da graça, no qual cada um se deixa conduzir por Deus em um profundo exame de consciência, buscando a graça reparadora e fortalecedora. De fato, na santa confissão Deus cuida de nós. Por aqui o clichê “ninguém confessa mais” não existe. Já aumentamos meia hora a mais todos os dias, e mesmo assim não estou dando conta.

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    Na noite da segunda-feira, 25, tive meu primeiro encontro com membros da Associação Saúde Mental. Um grupo de ajuda interessante que tem suas origens nos idos do Pe. Orivaldo. Sementes que foram lançadas, que germinaram e que deram e dão frutos até os nossos dias. Um grupo de escuta e de inclusão, que nos leva a recordar que ninguém nasceu para ficar escondido, mas ser luz que brilha na sociedade (cf. Mt 5,15s).

    Já na manhã da quarta-feira, 27, fui com algumas lideranças – mulheres – do Conselho de Assuntos Econômicos (CAE) escolher e orçar pisos para a nova secretaria paroquial. Em meio a variedade de cores, modelos e tendências a beleza que sobressaiu foi o amor e a preocupação com que estas mulheres demostraram à comunidade. Já a noite, fui presenteado com a linda Comunidade Santa Rita. Que alegria! Que vibração! Que união! Uma comunidade de fé que nos faz lembrar o apóstolo São Paulo, “vós sois o corpo de Cristo e sois os seus membros, cada um por sua parte” (1Cor 12,27). Os desafios existem, as necessidades são evidentes, e as provas são colocadas sempre, mas a certeza da presença de Cristo faz a diferença. Uma comunidade que trabalha, desde a sua origem, na promoção da “cultura do encontro”, e por isto os frutos – crianças, adolescentes, jovens, adultos e anciãos – são evidentes.


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    Para quinta-feira, 28, o Senhor reservava mais uma boa porção do seu amor. Me encontrei, também pela primeira vez com a Comunidade Nossa Senhora da Glória. Comunidade interessante e dinâmica que nos leva a refletir que o amor rompe as barreiras. Esta é uma comunidade formada por irmãos que se identificam com a comunidade e professam aqui a sua fé, mas que não residem neste território. Embora nesta noite não éramos muitos, ela me ajudou a entender a universalidade da Igreja, ou seja, que todos nós pertencemos a Igreja local da Arquidiocese Nossa Senhora da Glória. E, para brindar este encontro, Deus nos presentou com a tão esperada chuva, que veio calma e refrescante.

Renovado e animado – fruto da chuva – na manhã de sexta-feira, 29, o Senhor me reservou o melhor vinho: o amor encontrado nos enfermos. Girei as comunidades e me encontrei com aqueles que, mesmo em meio a dores e solidão, esbanjam boa saúde espiritual pela presença constante do Senhor em sua vidas. Como é gratificante encontra-los! Aqui também renovo minhas forças, pois o Cristo mesmo se deixa encontrar e nos encontra naqueles que padecem: “estive doente e foste me visitar” (Mt 25,36).

    E se a manhã e a tarde foram tão especiais, a noite o Senhor me reservava algo ainda mais especial. Encontrei-me em CPC pela primeira vez com a Comunidade São Miguel Arcanjo, bem no dia em que celebramos o seu padroeiro. Éramos um lindo e numeroso grupo. Uma rica noite de partilha que deixou transparecer que o testemunho dos mais velhos foram fundamentais num passado muito próximo para a inserção de tantos no seio da comunidade. Comunidade aberta é como aquela árvore plantada às margens do rio, como narra o Sl 1, que colhe os seus frutos, mesmo em tempos difíceis. E, antes que finalizasse nosso encontro, alguns dos nossos irmãos partilharam os frutos da conversão cultivada nos grupos de reflexão. Um dos grupos, estudando e meditando sobre a missão – tema deste novo livro – deram vão à moção do Espírito e lançaram-se à promoção da cultura da solidariedade.


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    Já o sábado, 30, trouxe a intensidade do fim de semana, marcado por reuniões, encontro, matrimônio e missas. Pela manhã nos reunimos, padres e diáconos da Região Pastoral, para conviver, rezar e meditar a Palavra de Deus. Um momento muito bom, muito profundo (cf. Mt 18,20). Em seguida tivemos uma frutuosa reunião com os membros do Conselho de Assuntos Econômicos (CAE), para decisões importantes no que toca a obra do Centro Pastoral. Mais do que as decisões, o que me chama a atenção é o amor com a comunidade com que todos buscam deliberar, sem competição ou vanglória, mas em harmonia e unidade (cf. Fl 2,2s). Já na parte da tarde, encerrando o tradicional mês da Bíblia, nossos jovens coordenaram, com os catequistas, a Gincana Bíblica com nossos adolescentes. Desta forma, lembramos o início da comunidade cristã, onde a transmissão da Palavra se deu oralmente, antes de ser escrita. Uma tarde molhada e animada regada com fé e amor à evangelização, nossa missão. Logo em seguida, celebramos com a Pastoral Familiar a união matrimonial de um lindo casal da comunidade, Henrique e Grasiela, fazendo memória do amor de Cristo, esposo, á Igreja, sua esposa (cf. Ef 5,25), na certeza de que em todos os momentos da vida Deus estará conosco e, sobretudo, quando as adversidades chegarem, “fazendo o que Ele nos disser” (Jo 2,5) tudo correrá bem. E quando a noite chegou, nos reunimos em Comunidade, Família de Deus convocada pelo Espírito Santo, para o momento mais alto da nossa vida cristã, a celebração do amor, isto é, a Santa Missa. Esta é uma comunidade interessante, ainda que muitos chegam em cima da hora (Mt 20,1s), vêm com sede, desejosos de celebrar. E por fim, como a gente não é de ferro, casais amigos de outra paróquia fizeram um delicioso convite: vamos comer pizza. Mamma mia, como estava boa! Me refiro a companhia, é claro. Mas sem dúvidas as pizzas também estavam.


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    Bem, se o sábado foi assim, o domingo, 01, o dia do Senhor, foi agitado. Primeiro celebramos as missas, a primeira com boa parte sem eletricidade, o que não nos impediu em nada, a não ser pequenas adaptações; em seguida foi a com pais e catequizandos, animadíssima. Um grupo muito bom, que prepara carinhosamente este momento, afim de que todos possam celebrar. Os nossos peixinhos, isto é, a criançada, ficam compenetradas diante dos fantoches, que sempre abordam a Palavra de Deus de uma forma mais simples. Depois, na hora do almoço, foi hora de rever muitos amigos e deliciar-se um saboroso almoço com gosto de solidariedade no Lar Escola da Criança. E a tarde, reencontrar mais amigos, de ontem e de hoje, no Encontrão das CEB’S. Um momento celebrativo das nossas Comunidades Eclesiais, que estão presentes no mundo urbanizado. Nossa Região soube responder muito bem compondo e dançando um rip rop bem animado. Depois, a noite, na hora da celebração da Santa Missa, em nossa paróquia, tivemos a grata satisfação de celebrar o segundo aniversário de ordenação dos nossos diáconos permanentes, em uma orante e linda celebração, seguida de confraternização com seus familiares. Particularmente ao nosso querido Diácono Jones, vida longa e um ministério fecundo. E por fim, Deus me presenteou ainda com a presença e animação dos jovens que, mesmo sem eletricidade e abaixo de uma chuva torrencial, cantamos e rimos um monte. 


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    É, esta semana rendeu. Deus seja louvado!



    Pe. Reginaldo Teruel Anselmo
    Pároco