Dízimo:


Data da Postagem: 10 de Stembro de 2022

Dízimo: ato de fé e de humildade


Quando confessamos, no Creio, que Deus é todo-poderoso e criador, nós reconhecemos e professamos publicamente a sua presença amorosa e providencial em toda a obra da criação. É neste sentido que a devolução do dízimo é compreendida como experiência de fé, porque é fruto de um encontro íntimo com Deus, naquela confiança de que é Ele, na Providência, quem conduz e sustenta a criação.


Deus guarda e governa, pela Sua providência, tudo quanto criou, atingindo com força, de um extremo ao outro, e dispondo tudo suavemente” (Sb 8,1), porque “tudo está nu e patente a seus olhos” (Hb 4,13), mesmo aquilo que “depende da futura ação livre das criaturas (Catecismo da Igreja Católica 302).


Ao devolvermos o dízimo, com liberdade e sinceridade de coração, manifestamos confiança no Senhor. Devolução porque reconhecemos o amor de Deus e sua generosidade em tudo o que somos e temos, ou ainda, só somos o que somos e temos o que temos graças à Divina Providência. Segundo o coração do humilde, é Deus quem dá sustento a tudo e, se podemos ir adiante, é porque Ele nos capacita à jornada. Sem Ele, nada existe.


Portanto, devolver o dízimo é um ato de fé e de humildade, porque nos leva a reconhecê-Lo como Criador, como Aquele que nos torna capazes de sermos, mediante os dons e talentos, co-responsáveis à obra da criação. No entanto, sem a virtude da humildade, com o dízimo pagamos a Deus, fazemos negócio com Ele e exigimos algo em troca. Somente o humilde chega diante do Altar sagrado, com as mãos honestas e limpas, curva-se e devolve a Deus o dízimo, agradecido, certo de que, em suas mãos, sua vida está segura e que nada lhe faltará.


Louvado seja Deus pelo dízimo que você traz ao Altar neste dia.


Pe. Reginaldo Teruel Anselmo

Pároco