A morada de Deus entre nós
Animador: Querida família Gorettiana, hoje meditaremos um tema muito importante para nossa caminhada de fé: a dedicação de uma Igreja, significando a presença, a morada de Deus entre nós, isso porque a nossa Matriz será dedicada no dia 3 de setembro, no mesmo dia em que celebraremos 59 anos desde a sua criação, e abriremos o Ano Jubilar.
Deus nos reúne
Animador: “Desde a antiguidade dá-se o nome de ‘igreja’ também ao edifício em que a comunidade cristã se reúne para ouvir a Palavra de Deus, orar em comum, frequentar os sacramentos e celebrar a Eucaristia” (Cerimonial dos Bispos, n. 864). Por isso, dado à dignidade do que vem celebrado em seu interior, o culto a Deus e os atos sagrados, desde a antiguidade há o costume de realizar a sua dedicação.
L1: “Quando a igreja é dedicada, tudo o que nela se encontra: fonte batismal, cruz, imagens, órgão, sinos, estações da ‘via-sacra’, devem considerar-se abençoados e erigidos como próprio rito da dedicação, não sendo precisa nova bênção ou ereção” (CB, n. 864).
L2: A Santa Mãe Igreja propõe sabiamente para seus fiéis o Rito de Dedicação de Igreja. Nele é invocada a presença de Deus para que Ele habite aquele espaço sagrado e eleve aquela construção de pedra em casa de acolhida para oração, súplicas e caridade. A morada de Deus entre nós!
Todos: Ó Deus eterno e todo poderoso, inundai este lugar com vossa graça e, a todos os que vos invocam, prestai vosso socorro.
L3: O Catecismo da Igreja diz que “essas igrejas visíveis não são simples lugares de reunião, mas significam e manifestam a Igreja viva neste lugar, morada de Deus com os homens reconciliados e unidos em Cristo” (CIC, 1180).
L4: Por ser edifício visível, esta casa aparece como sinal peculiar da Igreja peregrina na terra e imagem da igreja que habita nos céus. Esse povo santo, reunido pela unidade do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, é a Igreja ou templo de Deus, construído de pedras vivas, onde o Pai é adorado em espírito e verdade.
Todos: Ó Deus eterno e todo poderoso, que o poder de vossa palavra e de vossos sacramentos, confirme o coração de todos os fiéis.
A Palavra nos faz comunidade
L5: Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios (1 Cor 3,9-11.16-17) – “Vós sois santuário de Deus”
“Irmãos, vós sois construção de Deus. Segundo a graça que Deus me deu, eu coloquei – como experiente mestre-de-obras – o alicerce, sobre o qual outros se põem a construir. Mas cada qual veja bem como está construindo. De fato, ninguém pode colocar outro alicerce diferente do que está aí, já colocado: Jesus Cristo. Acaso não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus mora em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá, pois o santuário de Deus é santo, e vós sois esse santuário”.
Refrão: No meio da tua casa/recebemos ó Deus a tua graça/
Sem fim nossa louvação,/pois a justiça está toda em tuas mãos!/
Rezando a Dedicação da Igreja
Animador: Este nosso encontro tem por objetivo nos fazer conhecer o Rito da Dedicação da Igreja, para, no dia 3 de setembro, melhor celebrá-lo, com participação ativa, consciente e frutuosa. Para nos apropriarmos ainda melhor, tenhamos em mente o Rito do sagrado Batismo.
L1: No ritual da dedicação de uma Igreja, depois dos ritos iniciais e da Liturgia da Palavra, tem-se início a Dedicação da Igreja. Ela começa com a ladainha dos santos, os batizados que lavaram as suas vestes no sague precioso do Senhor. Uma súplica da Igreja do Céu pela Igreja Peregrina, da terra. Depois, se deposita a relíquia do santo no Altar e o bispo diz a oração de consagração do Altar e das paredes da Igreja. No caso de nossa Matriz, por ocasião da construção e ampliação, já foi plantada junto ao Altar uma relíquia de Santa Maria Goretti (de primeiro grau, isto é, fragmento de um osso), trazida de Netuno-It, pelo Pe. Júlio Antônio da Silva, então pároco. Temos, ainda, uma outra relíquia que, na maioria das vezes, é apresentada aos fiéis por ocasião da novena e da festa da padroeira, presenteada pelo Pe. Reginaldo Teruel Anselmo, por ocasião da sua posse, 2017. Mas o Altar, que tem cinco cruzes entalhadas nele, será dedicado.
L2: Assim o Bispo reza: “Deus, santificador e Guia da vossa Igreja, com festivo anúncio é-nos grato celebrar o vosso nome, porque, hoje, o povo fiel com rito solene deseja consagrar-vos para sempre esta casa de oração, onde vos honra com amor, instrui-se pela palavra e se alimenta com os sacramentos.
Todos: Vossas palavras, ó Senhor, são espírito, são vida!
L3: Este edifício faz vislumbrar o mistério da Igreja, que Cristo santificou com seu sangue, para apresentá-la a si mesmo qual Esposa gloriosa, Virgem deslumbrante pela integridade da fé, Mãe fecunda pela virtude do Espírito.
Todos: Vossas palavras, ó Senhor, são espírito, são vida!
L4: Igreja Santa, vinha eleita do Senhor; Igreja, feliz tabernáculo de Deus com o ser humano; templo santo que se constrói com pedras vivas, firme sobre o fundamento dos Apóstolos, com Cristo Jesus, sua grande pedra angular. Igreja Sublime visível a todos, a todos radiosa, onde refulge perene a lâmpada do Cordeiro”.
Todos: Vossas palavras, ó Senhor, são espírito, são vida!
Unção do Altar e das paredes da Igreja
Eis aqui a habitação de Deus no nosso meio, e conosco morará. Haveremos de ser seu povo, e Deus será nosso Deus
L5: Terminada a oração de consagração, o Bispo irá ungir com o óleo do Crisma o Altar e as paredes da Igreja. Constituindo aquele edifício de pedra em igreja e casa do povo de Deus, pois ali é o lugar das “ondas da graça divina” sobre os filhos de Deus; lugar do banquete no Memorial da Páscoa; lugar de jubilosa oblação a Deus e lugar de caridade e misericórdia, onde todos sintam a dignidade de ser vossos filhos e filhas, até que, exultantes, cheguem à Jerusalém celeste. O Bispo, diante do Altar, rezará:
Todos: “O Senhor santifique com sua força este altar e esta casa que vamos ungir, para que expressem, por um sinal visível, o mistério de Cristo e da Igreja”.
Animador: Quanto à consagração do Altar, o Bispo derramará o santo Crisma no meio do Altar e nos quatro cantos do mesmo, ungindo toda a superfície da Mesa. Em seguida, o Bispo convidará alguns padres para a unção das paredes da igreja, com o sagrado Óleo, marcando, com o sinal da cruz, as doze cruzes. Importante destacar que serão fixadas nas paredes da Igreja doze cruzes de madeira maciça (a madeira utilizada é a mesma que estava na cobertura do salãozinho, nosso primeiro lugar de celebração). Estão inscritos, em cada cruz, os nomes de cada Apóstolos de Jesus. As dozes cruzes estão cravadas em suportes de ferro fundido. Esse conjunto foi pensado pelo pároco, juntamente com o artista sacro, Diácono Anselmo José Frugério, seu idealizado e realizador.
Incensação do sagrado Altar e da Igreja
A fumaça do incenso, da mão do anjo, subiu à presença de Deus
L1: Terminado o rito da unção do Altar e das paredes, se dá a incensação do Altar e da Igreja. Será colocado sobre o sagrado Altar um fogareiro para queimar o incenso, e também ele será incensado pelo Bispo. Depois, alguns ministros ordenados percorrerão toda igreja incensando-a, de modo que suba até Deus as orações do seu povo, afim de se aperceber a suave fragrância do Senhor. O Bispo rezará:
Todos: “Suba nossa oração, Senhor, qual incenso diante de vossa face. Assim como esta casa suavemente perfumada, também a vossa Igreja faça sentir a fragrância de Cristo”.
Iluminação do sagrado Altar e da Igreja
“Despontou a tua luz, Jerusalém, e a glória do Senhor te iluminou! Os povos andarão na tua luz, aleluia.
L2: Após o rito da unção, teremos a Iluminação do sagrado Altar e da Igreja. O sagrado vem adorando com flores, castiçais e a sagrada Cruz é devidamente disposta no Presbitério. O Diácono receberá do Bispo uma vela acesa que, após oração, acenderá as velas do sagrado Altar. Nesse momento, toda a Igreja vem iluminada festivamente: “acendem-se todas as velas, incluindo as que estão colocadas onde se fizeram as unções, bem como todas as lâmpadas da Igreja em sinal de alegria” (CB n. 907). O Bispo, entregando a vela acesa ao Diácono, dirá:
Todos: “A luz de Cristo resplandeça na Igreja e conduza os povos à plenitude da verdade”
Para refletir
Alguém já participou de alguma dedicação de Igreja?
Conseguimos perceber semelhança entre o Rito do Batismo e da Igreja?
O que mais me chamou atenção em todo o Rito?
Que tal, todos nós, como comunidade viva, celebrarmos juntos, no dia 3?